segunda-feira, 25 de março de 2013

Explicando a relação da Arte com a Tecnologia :


A arte é a própria tecnologia. Sem exageros, nem metáforas, a obra artística só existe graças às técnicas, mecânicas, matérias primas e maquinários. Parece estranho colocar arte e engenharia em patamares tão próximos, mas mesmo os mais brilhantes subjetivismos precisam de um aparato físico para ganhar vida.  O que é um pintor sem seus pincéis? E um cineasta sem suas câmeras, luzes artificiais, microfones, softwares de edição? O que é um poeta sem suas canetas?
Tão vital e, ao mesmo tempo, tão esquecida, a tecnologia passa quase despercebida pelos artistas e entusiastas da genialidade artística humana. A maioria esquece que nada seria possível sem ela, coitada, a técnica, tão renegada e intitulada como “coisa pra gente insensível”. Talvez justamente esse título faça com que poucos levem em consideração um fato óbvio: o mesmo brilhantismo capaz de criar experiências estéticas inigualáveis pode, também, atuar na construção de novas engenharias, que podem abrir um mundo de possibilidades no desenvolvimento social e cotidiano humano.
A arte eletrônica como tentativa de resolução do problemaNascida na década de 60, com a videoarte e a construção de parafernalhas estranhas, a arte eletrônica (a qual chamamos de cyberarte) é uma tentativa de resolução da complicada relação entre subjetivismos e tecnologia, mesmo que muitas vezes não intencionalmente. Ela é normalmente definida como aquela cujas ferramentas e suportes estão no computador, na computação gráfica, em aparelhagens digitais ou na Internet. Nós, porém, preferimos dizer apenas que a cyberarte é aquela que mora no limite entre o real e o virtual.
Na década de 70, ela se expandiu e ganhou repercussão, com a ajuda dos grandes computadores da IBM, que contribuíram na descoberta de novas representações gráficas e infográficas. Mais tarde, o surgimento do microcomputador ampliou as possibilidades e criou a computação gráfica. Desde animações até pinturas e fotos digitais, tudo passou a ser intitulado como arte eletrônica, principalmente, a partir da década de 90, com o surgimento da Internet.
Seja no campo das artes plásticas, visuais, cinema, teatro, dança ou performances em geral, várias experiências já mostraram que há, sim, a possibilidade de uma arte híbrida, que passeia pela experimentação em novos meios e proporciona experiências, até hoje, desconhecidas. Quem sabe, essa nova forma de expressão seja o primeiro passo para um mundo menos fragmentado, onde a arte possa ser técnica e a engenharia, subjetiva.

Fonte:http://cyberarte.wordpress.com/2012/11/29/arte-e-tecnologia-uma-complicada-relacao-de-negacao-e-dependencia-ate-a-cyberarte/#more-9

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